domingo, 4 de julho de 2010

A Carta Wentworth - Parte 1

A Carta Wentworth

Nasci no município de Sharon, Condado de Windsor, Vermont, no dia 23 de dezembro de 1805 d.C.. Quando estava com dez anos de idade, meus pais mudaram-se para Palmyra, Nova York, onde moraram por cerca de quatro anos, mudando-se depois para o município de Manchester. Meu pai era fazendeiro e ensinou-me a cuidar dos animais.Quando eu tinha por volta de quatorze anos de idade, comecei a refletir sobre a importância de estar preparado para uma condição futura, e ao procurar informar-me sobre o plano de salvação, descobri que havia uma grande discórdia em relação aos sentimentos religiosos; se eu procurasse determinada sociedade, eles me explicariam um plano, ao passo que uma outra me mostraria outro plano; cada qual considerando seu próprio credo particular como o bem supremo, enquanto que todos os outros careciam de perfeição.Concluindo que não era possível que todas estivessem certas e que Deus não podia ser o autor de tamanha confusão, decidi investigar o assunto mais plenamente, acreditando que se Deus tivesse uma Igreja, ela não estaria dividida em facções, e que se Ele ensinasse uma sociedade a adorar de certa forma e a ministrar determinado conjunto de cerimônias,certamente não ensinaria a outra sociedade princípios que fossem diametricalmente opostos.
Crendo na palavra de Deus, confiei na declaração de Tiago: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada". (Tiago 1:5) Retirei-me para um local isolado em um bosque e comecei a suplicar ao Senhor em oração. Durante minha fervorosa súplica, minha mente foi arrebatada das coisas a meu redor, e vi-me tomado por uma visão celestial, em que contemplei dois seres gloriosos, que eram exatamente idênticos nas feições e na aparência, cercados por uma luz brilhante, mais clara que a do sol do meio-dia. Eles disseram-me que todas as demonimações religiosas acreditavam em doutrinas incorretas e que nenhuma delas era reconhecida por Deus como Sua Igreja e reino. Fui expressamente ordenado a "não procurar nenhuma delas", recebendo ao mesmo tempo a promessa de que no futuro me seria revelada a plenitude do evangelho.

Na noite do dia 21 de setembro, 1823 a.D., quando orava a Deus e procurava exercer fé nas preciosas promessas das escrituras, uma luz semelhante à do dia, porém mais pura e mais gloriosa na aparência e no brilho, irrompeu subitamente em meu quarto, parecendo à primeira vista que a casa estava sendo consumida pelo fogo. Essa visão teve um impacto que me abalou o corpo todo. Pouco depois, uma pessoa apareceu diante de mim cercada de uma glória ainda maior do que aquela em que eu já me encontrava envolto. Esse mensageiro declarou ser um anjo de Deus, que fora enviado com as alegres novas de que a aliança que Deus tinha feito com a antiga Israel estava prestes a ser cumprida; que o trabalho preparatório para a segunda vinda do Messias teria início em breve; que estava próximo o tempo em que o evangelho em sua plenitude seria pregado com poder a todas as nações, a fim de que se preparasse um povo para o reino milenar. Recebi a notícia de que eu havia sido escolhido para ser um instrumento nas mãos de Deus para levar a efeito alguns de Seus desígnios nesta gloriosa dispensação.

Um comentário:

Quer participar? Comente aqui.